Como na maioria das cidades que compõem o Litoral do Paraná, os primeiros vestígios de ocupação humana foram deixados em Sambaquis por tribos nômades e Índios Carijós que habitavam a região. A partir do século XVII que os primeiros colonizadores atraídos pela corrida do ouro começam a chegar na região. Sua efetiva ocupação aconteceu em 1648 quando Gabriel que Lara o capitão povoador da Nova Vila (Paranaguá), cedeu a Antônio de Leão, Pedro Uzeda e Manoel Duarte três sesmarias no litoral.
Igreja Nossa Senhora do Pilar da Graciosa.
O primeiro nome de Antonina foi Guarapiroca, sua fundação foi firmada em 12 de Setembro de 1714 se tornando data oficial. Seus moradores foram conhecidos como Capelistas, pelo sua devoção a Virgem Maria, foi autorizado pelo Bispo do Rio de Janeiro a construção de uma capela debaixo da invocação de Nossa Senhora do Pilar da Graciosa, na Fazenda da Graciosa propriedade do sargento mor Manoel do Valle Porto, e ainda nos dias de hoje acontecem celebrações no dia 15 de agosto em devoção a santa padroeira da cidade.
Vista da Baía de Antonina para a cidade A cidade teve seu melhor momento da década de 1920, quando o Porto de Antonina era o 4° maior em exportações do país, impulsionando o ciclo do ouro e da erva mate, um dos marcos dessa época foi a construção em 1916 da Estação Ferroviária que faz a ligação entre as cidades de Morretes e Antonina.Com os adventos da segunda guerra mundial e a queda de produção de erva mate o porto perde sua força, ainda continua suas operações com minério de ferro e exportação de café. Em 1964 um decreto estadual desapropria as instalações do porto da agencia marítima Whiter's & Cia e da ao Estado direito e atribuições dos serviços portuários de Antonina. Outro fator que destaca a cidade de Antonina e seu conjunto de construções do período colonial brasileiro e um raro exemplar da arquitetura industrial do século XX conhecido como Complexo Matarazzo, em 2012 seu patrimônio histórico cultural foi tombado pelo IPHAN, e seu Centro Histórico e um dos atrativos turísticos da cidade.
Trapiche Municipal com nova escultura.
Entre os principais atrativos turísticos da cidade estão o trapiche municipal que foi reformulado em 2021 de onde saem passeios pela Baía de Antonina, a Ponta da Pita formação rochosa que avança para dentro da Baía, onde fica a Prainha em uma região onde o Oceano Atlântico encontra as águas da Serra do Mar, também há restos de um sambaqui, um sítio arqueológico em que podem ser encontrados restos de conchas e cascas de ostras, vestígios da vida pré-histórica dos antigos habitantes da região.
O ecoturismo também e muito presente na região proporcionando aos turistas atividades como rafting no Rio Cachoeira ou acampamentos a beira do Rio do Nunes. Outro lugar de interesse turístico é o Bairro Alto com rios e cachoeiras local onde pode-se fazer caminhadas ecológicas não somente pelo seu apelo natural mais também pela história do local onde fica vestígios da Usina Cotia onde teve inicio a colonização japonesa no Paraná, a trilha Conceição fazia ligação com Apiaí SP e seus trechos remanescentes permitem que percorra o trajeto ate a represa Capivari.
A cidade também e famosa por seus eventos como o Carnaval e Festival de Inverno que recebem milhares de turistas de todas as regiões do país e estrangeiros. E possível visitar os principais pontos turísticos em um dia com saída de Curitiba e região metropolitana, com roteiros personalizados por guias regionais e agências de turismo especializadas.
Fique ligado que esta cidade ainda tem muita história para contar e vamos pesquisar para trazer aqui!
Referências
http://antonina.pr.gov.br/
WARCHOWICZ, R. C, História do Paraná. Curitiba/PR: Ed. dos Professores, 1967
http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/389/
Texto
Camila Campestrini do Rosário
Turismóloga - Especialista em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável- Guia Regional Litoral do PR
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