Guaraqueçaba

 Vamos conhecer  a história dessa linda cidade do Nosso Litoral do Paraná

GUARAQUEÇABA

Seus primeiros habitantes eram os grupos indígenas que habitavam a região, Tupiniquins e Carijós, que durante muito tempo viveram na região do litoral do Paraná, e desenvolviam atividades cotidianas incluindo a caça, pesca, coleta de ostras, mariscos, e outros crustáceos. Uma das principais provas dessas atividades são os Sambaquis (depósito natural de cascas de ostras, conchas, e outros dejetos oriundos da alimentação desses povos). 

Com o descobrimento do Brasil em 1500, e a fundação da Colônia de São Vicente em 1532 partiram as primeiras expedições de exploração ao complexo estuarino de Cananéia, Iguape e Paranaguá. 

Nos relatos do alemão navegador  Hans Staden, descreve que em 18 de Novembro de 1547, ao tentar esconder-se de uma tempestade, se abriga no canal do Superagui, onde encontrou ali índios tupiniquins e dois portugueses náufragos. Seu relato de viagem, do ano de 1556, apresenta a primeira carta da baía de Paranaguá. Posteriormente, na intenção de capturar índios para escravizá-los, portugueses, vindos do litoral paulista, chegaram à Baía de Guaraqueçaba e ali descobriram ouro nos rios Ribeira, Açungui e Serra Negra; fixaram-se na região, iniciando assim, as atividades de mineração no Brasil.

Em 1614 o tabelião da ouvidoria de São Vicente, Diogo de Unhatte obteve a sesmaria de Paranaguá, que ficava entre os rios Superagui e Ararapira, onde atualmente é o município de Guaraqueçaba. O povoamento mais efetivo pelos europeus data do século XVII pela atuação do capitão-mor Gabriel de Lara, com a descoberta de outro em outras regiões do território como Minas Gerais, nesse mesmo século a mineração se encerra nessa região e as comunidades se mantiveram por meio da agricultura de subsistência, quando a população foi crescendo o cultivo e comércio de arroz, cana de açúcar, aipim, café, feijão e milho foram se intensificando.

Dois antigos proprietários de terras, Cypriano Custodio de Araujo e Jorge Fernandes Corrêa, em 1838 construíram em conjunto a Capela do Bom Jesus dos Perdões, na encosta do Morro do Quitumbê. E assim em torno desta Capela foram surgindo habitações, e em pouco tempo a povoação ganhou direitos e privilégios sendo elevado a Freguesia em 1854, e em 1880 se tornando uma Vila. Em 1938 a Vila foi anexada como Distrito a Paranaguá.


Igreja Bom Jesus dos Perdões
Igreja Bom Jesus dos Perdões

Os tempos de maior prosperidade da região foram em meados do século XIX, quando o Paraná se elevou á Estado e muitos imigrantes Europeus se instalaram na região e desenvolveram agricultura com uso de canais de irrigação. Com a crise de 1929 afeta consideravelmente a economia da região. Na década de 40 os alemães vindos refugiados da guerra se instalaram na região de Serra Negra e Rio Bananal.

Na década de 50 começaram a se instalar as primeiras fábricas de Palmito e  muitos agricultores migraram para o corte de palmito, diminuindo assim as áreas de agricultura. Com abertura da estrada que liga Antonina a Guaraqueçaba a PR 405, que se inicia o processo de ocupação com recursos do governo federal, que liberou crédito para quem cultivasse café, palmito e criasse búfalos. Essa iniciativa devastou as planícies e não deu retorno esperado, empobrecendo a comunidade local. Somente no anos 80 valorizou-se a região de Guaraqueçaba procurando resguardá-la do uso indiscriminado, criando algumas unidades de conservação com a intenção de disciplinar as atividade e a valorizar o patrimônio natural. 


Reserva Natural Salto Morato

Nos dias de hoje a economia da cidade e voltada a agricultura, pesca e turismo de base comunitária, onde também vemos o conceito de turismo regenerativo, já que estão em constante mudança para que a preservação da natureza e cultura local seja novamente evidenciada. 

Praça Central da Cidade



Texto - Camila Campestrini do Rosário

Turismóloga 


Referência 

https://www.guaraquecaba.pr.gov.br/?meio=614


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Antonina